segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Muitos sonhos, salário baixo e crédito farto

Combinação altamente perigosa. Principalmente no Brasil, onde a taxa de juro ainda é alta e os “spreads” bancários (diferença entre a taxa de juro básica e a taxa final cobrada do cliente no empréstimo) permanecem entre os maiores do mundo. 
Há muitos estudos que mostram como o excesso de crédito pode arruinar famílias e, por isso, mostram a importância de ser muito criterioso nesta onda do dinheiro fácil. Os bancos deveriam fazer sua parte, mas estão pouco cautelosos, pois, seu maior cliente dos últimos anos, o governo, já não paga mais taxas tão altas como no passado e a tendência é de pagar cada vez menos. 
Por isso, bancos e financeiras têm ligado com freqüência para sua casa ou enviado correspondências se prontificando a realizar seus sonhos de consumo. Se você tem pouca resistência, nem leia ou escute o que eles têm a dizer. Pois as ofertas parecem, de fato, muito boas. Ao contrário, se concentre em suas reais necessidades. 
Para tomar crédito de forma a não comprometer seu bem-estar, há alguns cuidados que devem ser observados segundo estudiosos do tema. Responda as seguintes perguntas antes de assinar a promissória:
1-Como eu vou pagar a prestação se amanhã perder o emprego?
2-Se somadas as outras prestações que eu já tenho, quanto do meu salário está comprometido com dívidas?
3-Como fica a minha vida se eu adiar esta compra?

Poucos deixam de pagar uma dívida simplesmente porque querem. As pessoas ficam inadimplentes porque não conseguem honrar seus compromissos e os estudos mostram que as causas em geral são: perda do emprego, divórcio, doença ou (na grande maioria dos casos) falta de planejamento financeiro.
Outra recomendação de quem estuda o assunto é que somadas, os compromissos de uma família não podem ultrapassar 30% da receita. Qualquer percentual acima disso já é um sinal perigoso. 
Por fim, muitas vezes a facilidade de tomar crédito faz com que você compre bens que deseja, mas que podem ser comprados no próximo mês, no natal, ou mesmo no próximo ano que não irá comprometer o bem-estar da família.

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