segunda-feira, 17 de maio de 2010

Cartão de Crédito - Saiba usá-lo

Na teoria, parece a personificação do paraíso. Na prática, você pode acabar num inferno financeiro. Os bancos oferecem a possibilidade dos clientes colocarem o pagamento das contas de consumo (água, luz, telefone) no cartão de crédito. Mas empurrar as faturas por mais alguns dias - para deixar o dinheiro rendendo um pouco mais na aplicação ou, na falta dele, evitar o pagamento de multa - pode acabar em um prejuízo ainda maior. E ele virá não apenas se você atrasar o pagamento do cartão. É que a maioria dos bancos cobra pelo serviço.
No Banco do Brasil e no Unibanco, por exemplo, o cliente que opta por pagar uma conta de consumo no cartão paga uma tarifa de 1,99% sobre o valor total da fatura. Se a conta é de R$ 1 mil, a fatura do cartão virá com o "extra" de R$ 19,99. É praticamente o mesmo impacto no bolso da multa pelo atraso da conta original (2%).

Muitos pensam que seria interessante concentrar todos os pagamentos
em uma só data de pagamento. Seria uma forma de ajudar na organização do orçamento doméstico. Mas é perigoso.

Sugiro concentrar as datas de pagamento das faturas em um período pouco depois do recebimento do salário.
Ainda com o exemplo da fatura de R$ 1 mil, a prática sistemática de pagar a conta com o cartão pode custar R$ 239,88 em um ano. Quando o banco não cobra tarifa pelo serviço, a hipótese de colocar a conta de luz no cartão em um determinado mês pode até ser estudada. Mas em uma situação de emergência. E olhe lá. Por causa do perigo de faltar dinheiro para pagar o cartão depois. "Mesmo sem taxa, não acho vantagem. A fatura pode ficar muito alta e, depois, o usuário pode não conseguir pagar".
E, se não pagar, vai acabar no rotativo, enfrentando os juros mais altos do mercado. De acordo com o levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), apesar de ficar inalterada em abril, a taxa de juros dos cartões de crédito foi de 10,66% (em média, pois há casos de 13,44%).

É por conta disso que o correto é o consumidor procurar sempre pagar o total da fatura. Se, por um motivo de força maior, faltar dinheiro para quitar o valor integral, então pague o máximo possível. 

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